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Por que um futuro sustentável começa pela economia circular?

Arte ilustrativa mostra uma mão empilhando cubos representando a economia circular.

O combate à poluição plástica é um desafio global que exige soluções integradas, levando em consideração elementos do ciclo de vida dos plásticos desde o design dos produtos até o fim da sua vida útil. 

Essas soluções são baseadas em ciência e adaptadas às realidades de cada país, e podem ser transformadas em oportunidade com os investimentos adequados. 

O material, que é versátil, é indispensável em setores como saúde, alimentação e transporte. Mas a gestão inadequada de seus resíduos pode, sim, ser um problema.

Para ajudar a enfrentar esse problema, em agosto deste ano, decisores políticos de todo o mundo se reunirão em Genebra para discutir como resolveremos, conjunta e internacionalmente, o desafio da poluição plástica na próxima rodada de negociação do Acordo Global de Combate à Poluição Plástica

O acordo global tem como objetivo combater a poluição plástica, especialmente no ambiente marinho. 

Entre os apoiadores do tratado está a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), representante do setor químico brasileiro, que é a favor, desde o princípio, focando no gerenciamento apropriado dos resíduos, acelerando a transição para uma economia circular justa e eficaz.

Por que a economia circular é essencial para o Acordo Internacional?

A economia circular é o pilar central para o sucesso do Acordo Global do Plástico. Diferentemente do modelo linear de “extrair, produzir, usar e descartar”, a circularidade prioriza a reutilização, a reciclagem e a destinação adequada dos resíduos, reduzindo o vazamento ao meio ambiente. 

Essa abordagem transforma o desafio da poluição plástica em uma oportunidade para inovação, sustentabilidade e inclusão social, garantindo que os benefícios econômicos e sociais do plástico sejam preservados.

No Brasil, por exemplo, cerca de 3.000 dos 5.570 municípios ainda utilizam lixões, o  que agrava o problema. A economia circular oferece soluções práticas, como o fortalecimento da infraestrutura de coleta e triagem, o incentivo a novas tecnologias de reciclagem, como a reciclagem química, e fontes de energia renováveis. 

Além disso, também é possível fortalecer a ação dos catadores a partir de programas específicos que ofereçam recursos, capacitação e conhecimento técnico.

A força econômica da indústria química no país

No Brasil, a cadeia do plástico é um motor econômico: a indústria petroquímica representa 12,4% do PIB industrial (R$ 302 bilhões em faturamento), gerando 50 mil empregos diretos, enquanto a indústria de transformação plástica representa 3,6% do PIB industrial (R$ 117 bilhões em faturamento) e gera 343 mil empregos diretos. A circularidade preserva esses benefícios econômicos enquanto combate a poluição.

Esta transição é ainda mais relevante quando consideramos que o setor de reciclagem do plástico também já movimenta a economia do país, tendo R$ 4 bilhões em faturamento, com 14,6 mil empregos formais gerados e renda média de R$ 1.500. A reciclagem já é uma realidade econômica no Brasil e tem potencial para crescer ainda mais com investimentos em tecnologia e infraestrutura.

Um alerta: é preciso haver um equilíbrio

Restrições e regulações rígidas da produção de plástico podem gerar impactos socioeconômicos negativos na economia de muitos países, especialmente daqueles em desenvolvimento. 

Por isso, a transição para uma economia circular precisa oferecer um caminho equilibrado, com foco no aprimoramento da gestão de resíduos, investimento em infraestrutura e desenvolvimento de novas tecnologias de reciclagem.

Símbolo da abiquim.
Somos uma rede diversificada de especialistas em plásticos focada em sustentabilidade, tecnologia e desenvolvimento econômico. Nosso objetivo é oferecer conteúdo informativo e acessível que esclareça o uso do plástico, ressaltando sua importância para a sociedade e o meio ambiente. 
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